sexta-feira, 25 de setembro de 2009
EDUCAÇÃO
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Conceito de estupro mudou no início do mês
CICLO COMPLETO CORRE O RISCO DE NÃO ESTAR NO PACOTE ENVIADO AO CONGRESSO
A mais forte modificação na atuação das polícias civis e militares, o Ciclo Completo de Ocorrências, corre o risco de não estar no pacote enviado ao Congresso, porque há divergências dentro do próprio Ministério de Justiça. Com o Ciclo o atendimento à população seria agilizado, e após ser atendido pela PM, não seria necessário perder horas numa delegacia da Polícia Civil. Essas ocorrências hoje representam 70%, defende o secretário nacional de Segurança, Ricardo Balestreri.
O pacote da segurança deve incluir a proposta de autonomia para a perícia forense e a criação de ouvidorias externas para Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança, setores que funcionarão sem vínculo com as corporações ou com as corregedorias já existentes. A criação das ouvidorias vai depender também do Ministério do Planejamento porque será preciso criar cargos – são mais de 20 para cada corporação – e, consequentemente, despesas. Mas corrige uma contradição do próprio governo federal, que exige ouvidorias nas corporações estaduais e municipais que recebem verbas da União para segurança. É também uma forma de estimular o controle externo das corporações e garantir a aplicação dos direitos humanos na segurança.
À sociedade civil, os trabalhadores da segurança pública e os representantes dos poderes públicos devem se mobilizam para que o Ministério da Justiça faça cumprir as decisões da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública. Fato esse que vem acontecendo desde que a imprensa noticiou que no pacote de medidas legislativas propostas pelo Ministério da Justiça não constam mudanças como o Ciclo Policial Completo uma das diretrizes mais votadas na 1ª CONSEG, todos os interessados devem enviar e-mail para o Ministro da Justiça Tarso Genro gabinete@mj.gov.br manifestando seu apoio aos princípios e diretrizes “mais votadas”.
No Congresso, o corporativismo com a enxurrada de PECs e PLs que concentram poder nas mãos dos delegados de polícia e travam de vez o Sistema de Persecução Penal, continuam avançando, na contra-mão da vontade popular.
É preciso que nossos governantes tenham a consciência que a 1ª CONSEG mobilizou toda a nação, a custos altos, na esperança de podermos ter uma Política de Segurança “Séria”, se este princípio foi eleito o Congresso não pode simplesmente ignorá-lo e votar somente o que melhor lhes convém. Já esta na hora de cobrarmos e fazer com que se cumpram. Estamos de olho e acompanhando passo a passo este processo.
FONTE: EM MARCHA/INFORME TRÊS